Na última fase do tema supramencionado, proposto pela liderança do Ministério Fé e Família, falaremos a respeito do Homem cujo O Nome (Ha-Shem) é o mais superior nos céus e na terra.
Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles (Hebreus 1.1-5; ARA; sem grifo no original).
Nesta edição, falaremos sobre Jesus (YESHUA; hebraico), que conforme demonstrações relatadas por Mateus a respeito da Sua genealogia, houveram diversos obstáculos que de uma forma natural impediriam o Seu nascimento. Porém, o Altíssimo e Todo-Poderoso Deus agiu conforme o Seu infalível plano original, provando que, nem o homem, nem o pecado e nem o diabo seriam capazes de anular a sua Soberana vontade, que é sempre boa, perfeita e agradável. Senão vejamos:
Primeiro, é cediço que o inimigo das nossas almas, ha-satan (o adversário) ainda não satisfeito pela perda da sua antiga posição no céu, resolveu descontar a sua derrota induzindo o primeiro homem (Adão) a cometer pecado, causando dano a toda humanidade e também ao planeta terra, o local onde vivemos. Mas Deus não agiu por causa do impacto da queda do homem, porque Ele é Onisciente, tanto que havia predito ao homem, no caso da sua primeira desobediência (Gênesis 2.17) ao adverti-lo sobre a possibilidade da morte.
Segundo, Deus faz a primeira proclamação do evangelho, delineando toda riqueza, a graça, o sofrimento e a glória da Sua obra redentora em favor do ser humano, prometendo que o Redentor virá da descendência da mulher; sendo Ele completamente humano, porém divinamente gerado (ver Gênesis 3.15; Mateus 1.18, 21-25).
Terceiro, “a antiga serpente, que se chama diabo”, estaria em guerra com a semente (ver Apocalipse 12) e iria feri-la. Mas mesmo que a serpente atingisse o seu calcanhar, o seu pé esmagaria a cabeça da serpente. Esta escritura cumpriu-se com a vida e morte de Cristo. Tendo sido divinamente gerado e sendo, também, um ser humano complexo, pela sua morte e ressurreição ele venceu e expôs publicamente os poderes do inferno (Colossenses 2.15). Esta primeira promessa messiânica é uma das afirmações mais sucintas que se pode achar do evangelho.
Quarto, vejamos como Paulo dá desfecho a esse deslinde:
Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é o primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial (1 Coríntios 15.45-49).
A semente designada por YHWH em Gênesis 3.15 herdaria do Pai O NOME (Ha-Shem) “(…) que está acima de todo nome” (Este NOME é Yeshua), “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.9-11).
A semente, O NOME sobre todo nome (Shem), é Yeshua, o “(…) Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13.8) é “(…) o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir” (Apocalipse 1.8), Ele voltará como “(…) REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Apocalipse 19.16).
O nome Shem na sua descrição original no hebraico (Etimologia) significa nome, renome, fama, memorial, caráter. Possivelmente, deriva de um radical que sugere “marcar” ou “ferrar”. Portanto, uma pessoa que receberia o nome por causa de algo que a marcasse, quer fossem características físicas, coisas que tivesse feito ou que deveria fazer. Shem aparece mais de 800 vezes no Antigo Testamento, e o seu uso mais importante é a frase “o nome do Senhor”, algumas vezes abreviado por ha-shem (“o nome”, YHWH), como podemos constatar em Levítico 24.11, em que um homem blasfemou contra “o nome”, o que significa que tinha blasfemado contra o Senhor. Deste modo, na tradição judaica, Deus (YHWH) é muitas vezes chamado simplesmente de HaShem.
Destarte, qual seria à guisa de conclusão? A resposta reside no fato de que o Plano Escatológico Geral de Deus passou pela criação, pela queda, pela redenção, indo até a consumação dos tempos, mas foi gerado “antes da fundação do mundo” (Efésios 1.4), demonstrando que Jesus (Ha-Shem; Yeshua) é O Vencedor; e, que ha-satan (o adversário) é eterno derrotado, como podemos verificar a seguir:
3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.
4Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.
5Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade,
6para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado.
7Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus,
8a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento.
9E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo,
10isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.
11Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade,
12a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória.
13Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa,
14que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória (Efésios 1.3-14).
Autor(a): Valderir Pereira Dos Santos
Coronel da R/R da PMGO; Teólogo; casado com Maria José Cândido de Arruda Santos; Pós Graduado; Especialista em Educação: com Ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino; Especialista em Altos Estudos Sobre Segurança Pública; Especialista em Escatologia; Pastor no Ministério FEFA; Professor na Academia de Polícia Militar, no Centro de Instrução da PMGO e no projeto de Formação e Crescimento na Fé – FCF; Escritor convidado do Ministério Evangelístico Pão Diário; Mestrando em Educação.
