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Vida santa no mundo

É da natureza humana (secular/cartesiana) realizar divisões ou classificações para tentar melhor entender a si e as coisas que o cercam. Nessa perspectiva, o homem como ser intelectivo (portador do pensamento crítico racional), tira de sua mente formulações que explicam sua criação, evolução e o porvir. Sempre na sanha insaciável de buscar o conhecimento pelo conhecimento, tendo por baliza o seu “EU”.

À luz do mundo (heliocentrismo – antropocentrismo) a natureza humana jamais terá sua sede curiosa saciada em atingir níveis mais profundos sobre buscar explicar os acontecimentos que permeiam sua existência temporal na terra.

Muitos de nós perdemos tempo em querer desvelar cientificamente aquilo que já está devidamente aclarado por Deus.

Para os que aceitaram a Jesus Cristo como único e suficiente salvador as indagações podem até existir, todavia, as respostas devem, da mesma, forma existir, cientes de que somos criaturas de Deus, Sua imagem e semelhança. Adviemos de Adão e Eva, evoluímos numa longa distância temporal no plano espiritual do Criador até sermos alcançados como Seus filhos por intermédio da graça redentora de Jesus Cristo que morreu na cruz por nós na cruz do calvário, tendo ressuscitado no terceiro dia.

Esse acontecimento divino, nos fez passar de criaturas a filhos de Deus, detentores legítimos da herança do Senhor, com direito real de habitação nas mansões celestiais.

Fora disso, para o crente (adorador de Cristo) não existe nada mais. O que ultrapassa essa perspectiva torna-se pueril, inútil e, portanto, fora do propósito de Deus.

Assim deve ser nossa vida comunitária na terra.

Espera lá! Então eu devo ser, ter e manter essa “visão linear” sobre a existência de tudo e todos? Bem, se você um dia confessou que Jesus Cristo é o seu Salvador, sim! Caso contrário, nem adianta terminar de ler as linhas que se seguem.

Estar no mundo pelo simples fato de existir tem causado sofrimentos na mente, na alma e no espírito desencadeando depressões profundas em muitos de nós, a ponto de as taxas de suicídios chegarem a níveis nunca antes vistos. E pasmem, pessoas que na visão de mundo, jamais poderiam dar cabo à sua própria vida. Estamos falando de sacerdotes de Deus: padres, pastores, rabinos e etc.

Se eu e você não entendermos o que quis dizer o que Paulo escreveu em Romanos 8:31 (“Se Deus é por nós, quem será contra nós”?), a vida secular – trabalho, estudo, sociabilidade, lazer; exatamente TUDO, não nos levará a lugar algum, dai então nossa existência na terra será insignificante.

A Bíblia, que deve ser inexorável regramento de vida para todos os crentes, nos ensina que somos templo (morada) do Espírito Santo. Habitar significa “morar”. O Espírito Santo mora em nós; somos seu templo.

Sendo assim, por que separamos o fazer secular como profano e o fazer religioso como santo? Se o Espírito Santo mora em nós, ele está conosco em tempo integral. Não existe para o cristão o que é sagrado e o que é secular. Para o cristão é uma coisa só.

Visto que nós entregamos nossas vidas a Jesus, tudo é Dele. Se nosso culto a Deus se resume a ir à igreja, nós não o conhecemos, não há relacionamento com Ele, pois não existe relacionamento com Deus que não seja diário, constante. E isso tem e deve ser estilo de vida.

Precisamos entender que somos sal da terra e luz do mundo, numa representação real de que em todas as comunidades que vivermos, ou seja, no trabalho, em casa com os nossos familiares, na igreja com os irmãos em Cristo e até mesmos sozinhos, havemos e reverberar a mensagem da cruz. Nossa jornada rumo a Deus é indissociável da comunhão entre o homem como ser humano e o homem espiritual, vivenciando nessas duas facetas em sociedade/comunidade.

Viver e conviver na terra deve ser encarado por nós cristãos não como fim em si mesmo, mas com o fim de desfrutarmos da eternidade com o Senhor. Definitivamente temos que entender que Deus nos criou para um projeto muito maior do que as experiências que podemos ter nesse plano terrestre. Em Eclesiastes 3:11, Salomão diz: “(…) também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade (…)”. O nosso Criador tem planos para nós que vão além desta vida, planos de felicidade, de esperança e de viver eternamente com Ele.

Assim, a busca primordial do cristão aqui na terra deve ser o caminhar firme e compassado naquilo que Jesus Cristo objetivou, amar o nosso próximo como a nós mesmos, dando testemunho de que vida com Deus é vida em santidade aqui e agora na terra. Sair de casa e conviver com o nosso próximo ofertando-lhe as recompensas que virão do céu.

Sejamos crentes genuínos, por mais difícil e complexo que possa ser.

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Alexandre Bruno Barros - Pastor do Ministério Fé e Família de Goiânia, Delegado de Polícia em Goiás, Formado em teologia pelo ETAD, Bacharel e licenciado em História pela UFG, Bacharel em Direito pela FEA, Especialista com livre docência em Direito Tributário, Ciências Criminais e Direito Público, Mestrando em Direito Constitucional pela USP/FADISP.


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