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 DEUS FORTALECE E RESTAURA FAMÍLIAS – PARTE II

No ano em curso, fui desafiado pela liderança do Ministério Fé e Família a estar compartilhando a Palavra de Deus sobre o tema supramencionado. Na sequência, hoje falaremos sobre o homem que foi amaldiçoado a não ter filhos, mas que aparece na genealogia de Jesus, inclusive, com destaque ao seu filho e ao seu neto.

Voltando a analisar a genealogia de Jesus Cristo (Mateus 1.1-17) nos deparamos com vários problemas que de uma forma natural poderiam impedir que Filho do Homem, Jesus Cristo, não viesse a nascer da tribo de Judá, como já destacamos no artigo anterior.

Nesta edição, falaremos sobre Jeconias (Y’CHONYAHU; nome no hebraico), que teve o nome do seu pai (Jeoaquim; YEHOYAKIM; nome no hebraico) ocultado no versículo 11, cujo problema não seria o mais grave, uma vez que, ele aparece como uma figura em destaque, como sendo filho de Josias (YOSHYAHU; nome no hebraico), mas este na verdade não é de fato o seu progenitor, pois Josias é o pai de Jeoaquim, este gerou a Jeconias. Portanto, Jeconias é neto de Josias, não filho, como aparece. Senão vejamos: “Os filhos de Josias foram: o primogênito, Joanã; o segundo, Jeoaquim; o terceiro, Zedequias; o quarto, Salum. Os filhos de Jeoaquim: Jeconias e Zedequias” (1 Crônicas 3.15-16; grifo nosso). Porém, a Bíblia explica a própria Bíblia, como podemos verificar a seguir:

Primeiro, a escolha para a genealogia exigia que os escolhidos vivessem de acordo com os mandamentos de Deus, o que para Jeconias já seria muito complicado, porque ele foi gerado notempo do exílio na Babilônia” (Mateus 1.11; grifo nosso). Logo, ele estaria na condição de escravo, por causa da desobediência a Deus, da parte de seus ancestrais, mas Jeconias ou Conias (CHONYAHU; forma abreviada) também foi mal perante o Senhor, como o seu próprio nome já nos indicaria, pois Y’CHONYAHU significa amaldiçoado pelo Eterno, embora que o seu nome anterior não era esse, mas Joaquim (YECHONIYAKIM; sublime é Deus; NVT) como podemos ver a seguir:

Durante o reinado de Jeoaquim, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu a terra de Judá. Jeoaquim se rendeu e lhe pagou tributo por três anos, mas depois se rebelou. 

2 Então o Senhor enviou bandos de saqueadores babilônios, sírios, moabitas e amonitas contra o reino de Judá para destruí-lo, como tinha anunciado por meio de seus profetas. 

3 Essas desgraças aconteceram a Judá por ordem do Senhor. Ele havia resolvido expulsar Judá de sua presença por causa dos muitos pecados de Manassés, 

4 que havia enchido Jerusalém de sangue inocente. Senhor não perdoou esse pecado.

Os demais acontecimentos do reinado de Jeoaquim e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá

6 Quando Jeoaquim morreu e se reuniu a seus antepassados, seu filho Joaquim foi seu sucessor.

Depois disso, o rei do Egito não se atreveu a sair de suas fronteiras, pois o rei da Babilônia conquistou toda a região que antes havia pertencido ao Egito, desde o ribeiro do Egito até o rio Eufrates.

8 Joaquim tinha 18 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por três meses. Sua mãe se chamava Neústa e era filha de Elnatã, de Jerusalém. 

9 Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como seus antepassados.

10 Durante o reinado de Joaquim, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, subiram contra Jerusalém e a cercaram. 

11 O próprio Nabucodonosor chegou à cidade durante o cerco. 

12 Então Joaquim, rei de Judá, a rainha-mãe, os conselheiros, os comandantes e os oficiais se renderam aos babilônios. No oitavo ano de seu reinado, Nabucodonosor levou Joaquim como prisioneiro. 

13 Conforme o Senhor havia declarado de antemão, Nabucodonosor levou embora todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real. Removeu todos os utensílios de ouro que Salomão, rei de Israel, havia colocado no templo. 

14 O rei Nabucodonosor deportou gente de toda a cidade de Jerusalém, incluindo todos os comandantes e os melhores soldados, artífices e ferreiros, dez mil pessoas ao todo. Só ficaram na terra os mais pobres.

15 Nabucodonosor levou cativos para a Babilônia o rei Joaquim, a rainha-mãe, as esposas e os oficiais do rei e todos os nobres de Jerusalém. 

16 Também deportou sete mil soldados, todos fortes e aptos para a guerra, além de mil artífices e ferreiros. 

17 Então o rei da Babilônia escolheu Matanias, tio de Joaquim, como rei de Judá e mudou o nome dele para Zedequias (2 Reis 24.1-17; NVT; grifo nosso).

Segundo, que o legado tinha que ser de pai para filho. Então, como alguém que foi amaldiçoado a não ter filhos poderia reinar “no trono de Davi”?

24 Vivo eu, diz o SENHOR, que, ainda que Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, fosse o selo do anel da minha mão direita, eu dali te arrancaria.

25 E te entregarei na mão dos que buscam a tua vida, e na mão daqueles diante de quem tu temes, a saber, na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e na mão dos caldeus.

26 E lançar-te-ei a ti e à tua mãe, que te deu à luz, para uma terra estranha, em que não nasceste; e ali morrereis.

27 Mas à terra, para a qual eles levantam a sua alma, para ali tornarem, a ela não tornarão.

28 É, pois, este homem Jeconias um vil utensílio quebrado ou um utensílio de que ninguém se agrada? Por que razão foram arremessados fora, ele e a sua geração, e arrojados para uma terra que não conhecem?

29 Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR!

30 Assim diz o SENHOR: Escrevei que este homem está privado de seus filhos e é homem que não prosperará nos seus dias; nem prosperará algum da sua geração, para se assentar no trono de Davi e reinar mais em Judá (Jeremias 22.24-30; grifo nosso).

Deste modo, podemos verificar que Joaquim (YECHONIYAKIM) cujo nome significa Deus é sublime, teve o seu nome modificado, pelas razões supramencionadas, passando a ser chamado de Jeconias (Y’CHONYAHU) ou Conias (CHONYAHU) que quer dizer amaldiçoado pelo Eterno.

No entanto, quando fazemos a comparação do antes com o depois, verifica-se, conforme a análise dos textos e ainda conforme o exegeta judeu Hashi, que houve um profundo arrependimento (TESHUVA) da parte de Jeconias, cujo resultado foi a anulação da maldição que havia sido decretada por Deus, comprovando que só Ele pode anular o voto, pois agindo Deus, ninguém poderá impedir, pois a porta que Ele fecha, somente Ele tem poder para abrir e vice-versa: “Naquele dia, diz ADONAI dos Exércitos, te tomarei Zerubavel, filho de Shalatiel, meu servo, diz ADONAI, e te farei como UM ANEL DE SELAR; porque te escolhi, diz ADONAI dos Exércitos”. Shalatiel é filho de Yechonyah(u), ou seja, Jeconias. O mais importante na nossa história não é como se começa, mas como se termina. Glória a Deus!

Autor(a): Valderir Pereira Dos Santos

Coronel da R/R da PMGO; Teólogo; casado com Maria José Cândido de Arruda Santos; Pós Graduado; Especialista em Educação: com Ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino; Especialista em Altos Estudos Sobre Segurança Pública; Especialista em Escatologia; Pastor no Ministério FEFA; Professor na Academia de Polícia Militar, no Centro de Instrução da PMGO e no projeto de Formação e Crescimento na Fé – FCF; Escritor convidado do Ministério Evangelístico Pão Diário; Mestrando em Educação.

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